Raffaele Feo e Giuseppina Perna: Novos talentos para a ópera “Il Colombo”
Após o sucesso da décima primeira edição do Concurso Internacional Príncipe Francesco Maria Ruspoli, o Centro Studi e Ricerche Santa Giacinta Marescotti tem o prazer de apresentar os talentosos vencedores da seção de Canto Barroco. Conheça a trajetória e as conquistas do tenor Raffaele Feo e da soprano Giuseppina Perna, os artistas escolhidos para interpretar os papéis principais na primeira apresentação moderna da ópera “Il Colombo”, de Bernardo Pasquini.
Raffaele Feo
Nascido em Imperia, Raffaele Feo demonstrou desde pequeno uma predisposição particular para a música. Aos 11 anos, o Maestro Gianfranco Brizio e sua esposa, a soprano Josella Ligi, o convidaram a iniciar os estudos de canto lírico, percebendo sua aptidão natural.
Estudos e formação:
Inicia o estudo de canto com a mezzo-soprano Paola Pittaluga; em 2013, participa do “Santa Cecilia Opera Studio”, tendo a oportunidade de estudar e ser elogiado pela soprano Renata Scotto.
Em 2015, obtém o Diploma Acadêmico de Nível I com nota máxima sob a orientação da mezzo-soprano Gloria Scalchi, no Conservatório “Nicolò Paganini” de Gênova.
Em maio de 2016, frequenta a Academia de Alto Aperfeiçoamento do Festival Pucciniano em Torre del Lago, e em 2017 entra na Academia Rodolfo Celletti de Martina Franca, onde estuda com mestres como Antonio Lemmo, Sherman Lowe, Chris Merrit, Stefania Bonfadelli, Domenico Colaianni, Carmen Santoro, Luca Gorla e Antonio Greco.
Em fevereiro de 2019, selecionado por meio de audição com o maestro Leone Magiera, tem a oportunidade de ingressar na academia de “Alto Aperfeiçoamento lírico e início de carreira” do teatro “L. Pavarotti” em Modena.
Nos últimos anos, Raffaele teve a chance de ser ouvido e aconselhado por cantores e professores de renome, como Mariella Devia, Leone Magiera, Nicola Martinucci, Michele Pertusi e Roberto Scandiuzzi.
Dada sua musicalidade acentuada, atualmente também está aprofundando o repertório barroco com a contralto Sonia Prina, enquanto se aprimora na técnica sob a orientação do tenor Ercole D’Aleo.
Experiências profissionais:
Em 2011, estreia no Teatro dell’opera Giocosa de Savona em Il Signor Bruschino de Rossini (La Malfa/Courir). De 2012 a 2015, participa de vários festivais de ópera menores na Ligúria, Piemonte e Toscana, onde tem a chance de estrear em diversos papéis secundários, colaborando com vários diretores e maestros (Romani, Zambelli, Galli, Beltrami, Giaroli, Bonajuto, Paloscia).
Em 2015, é Gastone em La Traviata de Verdi durante a temporada de verão da opera Giocosa em Savona (Sisillo, Monti), atuando ao lado da soprano Saioha Hernandez, entre outros.
Em 2016, também em Savona, participa das montagens de Rigoletto de Verdi (Romani, Bertolani) e Lucia di Lammermoor de Donizetti (Rolli, Brokehaus/Escobar).
No outono do mesmo ano, é escolhido para o projeto Ópera-Laboratório do barítono Leo Nucci para a montagem de Un Ballo in Maschera de Verdi (Renzetti, Nucci) com apresentações em Ferrara e Ravena.
Em 2017, canta no Festival della Valle d’Itria de Martina Franca no projeto dedicado a Monteverdi, intitulado Altri Canti d’Amor (Greco, Eco di Fondo), e em Gianni Schicchi de Puccini (NAGELE, Garattini), além de vários concertos dedicados à figura operística de Orlando.
No mesmo ano, estreia o papel de Oebalus na ópera juvenil de Mozart, Apollo et Hyacinthus, em Forlì (Raspanti).
Em abril de 2018, canta novamente no Teatro Municipale de Piacenza em Il Corsaro de Verdi, com apresentações em Modena (Beltrami, Pugelli/Pulvirenti) e, em maio do mesmo ano, canta no Duomo de Modena no Magnificat de Bach (Bononcini).
Em dezembro de 2018, interpreta novamente Gastone em La Traviata de Verdi em Piacenza, com apresentações e em Rimini para a reabertura do teatro A. Galli (Morandi, Nucci).
Em fevereiro de 2019, é chamado para uma substituição repentina no Rondò Arlecchinesco de Busoni, apresentando-se no teatro veneziano La Fenice e no auditório Pollini de Pádua, sob a regência de Marco Angius.
Em junho, canta no espetáculo de encerramento de curso no Pavarotti de Modena, sob a regência de Silvia Spinnato e direção de Enrico Stinchelli.
Em julho, tem a sorte de se apresentar novamente em Savona em Madama Butterfly, sob a regência de Jacopo Brusa e direção de Renata Scotto, recebendo inúmeros elogios de colegas de renome e da crítica por sua presença de palco e vocal.
Acaba de estrear no teatro Cilea de Reggio Calabria, no papel de Pang em Turandot de Puccini, com direção de Manuela Ranno e encenação de Renato Bonajuto.
Entre os futuros compromissos a serem destacados, está a participação na ópera contemporânea La Notte di Natale de Alberto Cara, com apresentações em Savona e Modena.
Giuseppina Perna
Giuseppina Perna, nascida em 1992, é uma soprano de Irpinia que se diplomou com louvor em canto lírico em 2015 no Conservatório “Domenico Cimarosa” de Avellino, sob a orientação do maestro Enrico Turco.
De 2007 a 2015, toca na orquestra do conservatório e colabora com a orquestra juvenil do teatro Carlo Gesualdo como violista (em 2013, se apresentam na embaixada americana e executam “O Quebra-Nozes” e “O Lago dos Cisnes” no teatro citado).
Desde 2005, é integrante de diversos grupos vocais que se apresentam em repertório madrigalístico do século XVI, conseguindo se classificar em 2013 no Concurso Internacional de Arezzo e se apresentar na Catedral de Winchester, na Inglaterra.
No início de 2019, concluiu o Mestrado de Aperfeiçoamento em Prática e Execução de repertório antigo sob a orientação do M° Antonio Florio no Conservatório S. Pietro a Majella, graduando-se com louvor e menção especial, apresentando-se em diversas ocasiões com a Associazione Scarlatti de Nápoles.
Seu repertório inclui colaborações não apenas no campo lírico, mas também em projetos que vão da música antiga (em março de 2014, executou um manuscrito inédito de Niccolo’ Porpora no Palazzo Zevallos de Nápoles e o “Combattimento di Tancredi e Clorinda” de Monteverdi) à música contemporânea (“El Retablo de Maese Pedro” de De Falla e o “Concerto per la notte di Natale” de Luigi Dallapiccola no Teatro Eur de Roma em 2015).
Ainda em 2015, executa a Quarta Sinfonia de Mahler conduzida pelo maestro americano Phil Nuzzo e, em 2016, se apresenta em concerto com a Orquestra Filarmônica de Benevento, dirigida pelo M° Ciampa.
Em 2017, estreou no Teatro San Carlo de Nápoles no concerto Concerto Zilberkant/Laca.
Em 2018, foi Cleonte na ópera Zenobia regina de’ Palmireni de Albinoni, apresentando-se no teatro Malibran de La Fenice e no teatro Mario del Monaco de Treviso.
Recentemente, foi protagonista do espetáculo “Shakespeare in Venice” no teatro La Fenice e se apresentou como soprano solista na Áustria em Dixit dominus de Handel e o Magnificat de Bach, dirigida pelo M° Gianluca Capuano.
